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Manual de Instruções Uniforme AGRO WP

ITENS

INTRODUÇÃO

No Programa de Gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente do Trabalho Rural – PGSSMATR – item 31.5 da NR 31 (Brasil, 2018b), o controle dos riscos de intoxicação ambiental com os agrotóxicos é realizado com o uso de medidas de segurança preventivas e de proteção coletiva e individual.

O risco de intoxicação ocupacional com os agrotóxicos depende da exposição que a condição de trabalho proporciona ao trabalhador e da toxicidade do agrotóxico.

As medidas preventivas e de proteção coletiva são aplicadas nos diversos elementos de risco existentes no ambiente de trabalho e controlam a exposição e ou a toxicidade; pela seleção de agrotóxicos menos tóxicos.

As medidas de proteção individual, baseadas no uso de equipamentos de proteção individual – EPI, que são posicionados sobre a superfície do corpo do trabalhador exposto aos agrotóxicos; controlam a exposição e protegem do contato dos agrotóxicos nas vias de absorção dérmica, respiratória e oral.

No PGSSMATR, os EPIs são vestimentas de proteção recomendadas como complemento de medidas de segurança preventivas e proteção coletiva, ou quando estas são insuficientes para controlar o risco de intoxicação existentes nas condições especificas de trabalho.

O empregador rural ou equiparado de fornecer os EPIs e vestimentas de trabalho em perfeitas condições de uso e devidamente higienizados, responsabilizando-se pela descontaminação dos mesmos ao final de cada jornada de trabalho, e substituindo-os sempre que necessário (item 31.8.9.b, da NR 31; Brasil, 2018b).

Este manual de instruções destina-se aos usuários do EPI denominado CONJUNTO AGRO DX PLUS CLEAN, REF.750 aprovado para proteção contra risco químico – agrotóxicos, CA 44.710, que atende todos os requisitos de proteção estabelecidos na norma de ISO 27065 e na Portaria ME/SEPRT no 11.437 (Brasil, 2020).

DESCRIÇÃO DO EPI

NOME COMERCIAL: GUARDIAN DX UNIFORMES E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO EIRELI. CNPJ: 11.090.481/0001-90
SITE: www.guardiandx.com.br CONTATOS: guardiandx@guardiandx.com.br
SAC: (16) 3441-0171 / (16) 3967-6476 / (16) 99163-2797

No CA: 44.710 Cod. 750

2.1. Descrição das peças e sistemas de fechamento

Vestimenta de corpo inteiro, confeccionada em tecido de fios de poliéster/algodão, tipo sarja 3×1, com tratamento hidro-repelente.

Capuz acoplado a camisa, com cordão para ajuste, confeccionado no mesmo material hidro-repelente.
Camisa com mangas compridas até aos punhos e cavas retas, gola com pato em velcro na parte frontal abaixo do pescoço, para fechamento na abertura da gola e cordão de ajuste na cintura.

Calça comprida até aos pés, tipo reta, em tecido hidro-repelente, com cordão no cós para ajustes na cintura.

Tamanhos disponíveis: P, M, G, GG, EG, EXG, EXGG.

2.2. Classificação técnica do EPI e requisitos normativos

Pela: NR 6:2018a. H – EPI para proteção do corpo inteiro.

Vestimenta de corpo inteiro, para proteção de todo o corpo contra riscos de origem química – agrotóxicos.

Pela Norma ISO 27065:2017. Vestimentas de proteção de nível C2, para uso em atividades com agrotóxicos diluídos.

Especificações do nível C2 da norma ISO 27065:2017:

– O material e as costuras devem demonstrar um nível mais alto de resistência à penetração de líquidos pulverizados (névoas de pulverização de agrotóxicos). A névoa é uma suspensão de partículas líquidas no ar formadas pela ruptura mecânica de líquidos; no caso, a calda de pulverização.

– Passar no teste prático de desempenho e no ensaio de pulverização de baixo nível.

– O EPI de nível C2 não é adequado para uso com formulações concentradas de pesticidas, nas atividades de mistura e carregamento de agrotóxicos.

Quando o risco potencial é relativamente maior, este EPI pode ser usado como vestimenta de proteção básica, desde que seja sobreposto por vestimentas impermeáveis (nível C3) de proteção parcial do corpo, para proteger das altas exposições em determinados locais.

EPIs e acessórios (avental, perneiras) de nível C3, impermeáveis, oferecem proteção contra agrotóxicos diluído e concentrados durante a mistura e carregamento, ou ambos.

No máximo de usos e Lavagens: 60 lavagens

2.3. Especificações dos materiais

Norma / PortariaEnsaioRequisitos
ABNT NBR – 11914: 1992Análise quantitativa de materiais têxteis (composição)
ABNT NBR 10591:2008Determinação da gramatura
ISO 5084:1996Determinação da espessura

ABNT NBR 10588:2015

RECOMENDAÇÃO DE USO

Determinação da densidade de fios

Resultados

Trama: 53% Algodão Urdume: 47% Poliéster

255,3 g/m2

0,60 mm

– Trama: 20 fios/cm Urdume: 49,8 fios/cm

O EPI é recomendado para controlar a exposição dérmica ocupacional com os agrotóxicos diluídos e em atividades com produtos concentrados: em atividades de mistura e carregamento, se usado juntamente com outros EPIs recomendados para risco existente.

Em função do risco ocupacional, o EPI dever ser usado junto com outras peças de EPI; para a proteção das regiões do corpo não protegidas por este EPI.

INSTRUÇÕES GERAIS

Trabalhadores em exposição direta aos agrotóxicos, 31.8.1.a, NR 31 (Brasil, 2018b), são os que: manipulam os agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, em qualquer uma das etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação, descarte, e descontaminação de equipamentos e vestimentas.

Para realizar estas atividades, o empregador rural ou equiparado deve fornecer ao trabalhador equipamentos de proteção individual (EPI) e vestimentas adequadas aos riscos, que não propiciem desconforto térmico prejudicial ao trabalhador.

O empregador rural ou equiparado deve fornece a vestimenta de trabalho para ser usada sob este EPI e cobrir o tronco, os braços e as pernas, para impedi o molhamento do tecido hidro-repelente do EPI pelo suor do trabalhador.

O tecido hidro-repelente molhado ou danificado perde a hidro-repelência e a proteção.

4.1 Tamanho das peças do EPI

O tamanho dos EPIs e das vestimentas fornecidos, obrigatoriamente, dever ser definido com as medidas corporais de cada trabalhador, segundo as normas ISO 27065:2018 e ABNT NBR ISO 13688:2017 (pictogramas ao lado).

As medidas do corpo do corpo humano (cm) exigidas para determinar o tamanho das peças dos EPIs C2 são:

– Altura do corpo, e circunferências do tórax e da cintura.

4.2 Obrigações do empregador quando aos EPIs e vestimentas fornecidas ao trabalhador

Para os dispositivos de proteção individual e vestimentas de trabalho de trabalhadores em exposição direta aos agrotóxicos, item 31.8.9 da NR 31 (Brasil, 2018b), o empregador rural ou equiparado deve:

1 – Orientar o trabalhador quanto ao uso correto.

2 – Disponibilizar um local adequado para a guarda da roupa de uso pessoal.

3 – Fornecer água, sabão e toalhas para higiene pessoal.

4 – Garantir que nenhum dispositivo de proteção ou vestimenta contaminada seja levado para fora do ambiente de trabalho.

5 – Garantir que nenhum dispositivo ou vestimenta de proteção seja reutilizado antes da devida descontaminação.

6 – Vedar o uso de roupas pessoais quando da aplicação de agrotóxicos.

4.3. Proteção das vias de absorção dos agrotóxicos no corpo com o EPI.

As medidas preventivas e de proteção coletiva controlam os riscos de intoxicação existentes nos diversos elementos que compõem os ambientes de trabalho com os agrotóxicos.

As medidas de proteção individual, com o uso de EPIs, controlam os riscos de intoxicação da interceptação da exposição ocupacional aos agrotóxicos diretamente sobre as vias de absorção dos agrotóxicos no corpo: dérmica, respiratória, oral e ocular.

4.4. Evitar a contaminação desnecessária do EPI com os agrotóxicos

Este EPI necessita de atenção especial e frequente, para evitar contaminá-lo por qualquer motivo ou situação fora das condições normais de uso recomendado neste manual.

Evitar as contaminações descuidadas, desapercebidas ou voluntárias das peças de proteção deste conjunto de EPI com os agrotóxicos.

Não colocar as peças do EPI em contato direto com superfícies e locais contaminados com agrotóxicos.

Mesmo durante o uso do EPI, deve-se aplicar e seguir as medidas de proteção preventivas e de proteção coletiva, que atuam juntamente com o EPI na redução da toxicidade e das exposições ocupacionais.

4.5. Instruções de transporte

O transporte deste EPI pode em sacos, sacolas e bolsas, flexíveis ou não, ou em fardos amarrados, juntas ou isoladamente.

As embalagens ou as peças isoladas deste EPI podem ser transportadas de forma manual ou em qualquer tipo de veículo, desde que protegidas de qualquer tipo de danos mecânicos ou térmicos, e de contaminações químicas ou biológicas.

As características originais da embalagem e do EPI devem ser garantidas em todas as etapas de transportes.

4.6. Instruções de armazenamento

As embalagens ou as peças deste EPI, juntas ou isoladamente, podem ser armazenados em quaisquer locais protegidos de intemperes naturais (chuva, etc.) e de qualquer tipo de danos mecânicos ou térmicos, e de contaminações químicas ou biológicas.

As características originais da embalagem e do EPI devem ser mantidas durante todo o tempo de armazenamento, bem como as marcações nas etiquetas, na embalagem e o manual de instruções.

4.7. Instruções de manuseio do EPI contaminado.

O EPI e as peças contaminadas com agrotóxicos após o uso, ou em qualquer momento, só podem ser manuseados por pessoas protegidas com EPIs adequados.

Geralmente com o uso deste EPI descontaminado e luvas de borracha nitrílica e avental e botas impermeáveis.

INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS

Para se obter a proteção e a eficácia deste EPI durante a vida útil, a instruções especificas e recomendações deste EPI devem ser seguidas, pois a vida útil foi estabelecida por atender aos requisitos estabelecidos das normas técnicas, cujos resultados dos ensaios estão contidos na Tabela 1 deste manual.

O EPI não contém substâncias conhecidas ou suspeitas de provocar danos ao usuário e/ou a presença de substâncias alergênicas.

O EPI é recomendado para controlar a exposição dérmica do tronco, dos braços e das pernas do usuário nas diversas etapas de manipulação e uso dos agrotóxicos, mas deve ser complementado com outros EPIs para controlar as exposições das mãos e pés e nas vias respiratória, oral e ocular.

Em manuseio de formulações de agrotóxicos (produto tóxico em maior concentração), como transporte e armazenamento de embalagens, abertura de embalagens no preparo de caldas, o trabalhador também deve proteger da exposição dérmica na parte frontal do corpo da com avental e perneira impermeáveis – nível C3.

De acordo com as condições de trabalho, os profissionais de segurança podem recomendar ainda o uso de respiradores (máscaras) para proteger as vias respiratória e oral, óculos ou viseira, para proteger os olhos.

5.1. Vida útil, periodicidade de substituição e descarte

A vida útil de 60 usos e lavagens deste EPI foi determinada com base no atendimento aos requisitos estabelecidos norma técnica de ensaios ISO 2706, cujos resultados estão na Tabela a seguir neste manual.

Em uso, este EPI atenderá a vida útil de 60 usos e lavagens se pelo menos duas condições forem atendidas:
1 – For lavado com o procedimento escrito neste manual, usado nos ensaios realizados (Tabela a seguir neste manual).

Ensaios realizados, requisitos e resultados para o material e conjunto do EPI.

2,98 % – 60 lavagens 82,06 % – 60 lavagens

263,4 N

1.317,0

348,8 N

23,1 N 51,1 N 87,4 N

ISO 22608.

ISO 22608.

ISO 13935-2

ISO 13934 -1 – Longitudinal.

ISO 13934 -1 – Transversal.

ISO 13937-3 – Longitudinal

ISO 13937-3 – Transversal

ISO 13996 – Opcional.

Resistência à penetração

Repelência

Resistência da costura à tração

Resistência do

material à tração

Penetração < 5%

Repelência > 80%

≥ 10 N

Reutilizável ≥ 180 N Descartável ≥ 30 N

Resistência ao rasgo

Resistência à perfuração

Reutilizável / Descartável

≥ 10 N

ISO 27065:2017, subitens 5, 8.1; 8.2 e anexo A.ISO 13688:2017, subitem 4.4.1. e anexo C.

ISO 27065:2017, itens 9 ISO 13688:2013, item 7.1 e 7.2. NR 6:2018, item 9.3. Portaria ME/SEPRT No 11.437. Anexo I, item 4.

Desempenho prático

Verificação de requisitos de marcação.

Aprovação em todos os itens

Etiqueta e embalagem

Manual de instruções

Aprovado

Aprovado

ISO 27065:2017, itens 10. ISO 13688:2013, item 8. Portaria ME/SEPRT No 11.437. Anexo I, item 3.2.1.

Verificação de informações do fabricante.

Aprovado

ISO 17491-4 – Método A – reutilizável e uso limitado.

Pulverização de baixo volume do Conjunto do EPI

Mancha ≤ 3 X a área da mancha calibrada

Aprovado

2 – Usado em condições normais de trabalho a que se destina, também descrito nesse manual.
Após 60 usos e lavagens; ou se a peça do EPI tiver algum dano, como rasgos, fissuras ou furos nos materiais e ou

nas costuras, o EPI deve ser descartado.
As peças descartadas por qualquer motivo, mesmo durante a vida útil, devem ser adequadamente descontaminadas

de resíduos de agrotóxicos para o descarte em lixo comum.
As peças substitutas devem estar em condições normais de uso e não contaminadas com produtos tóxicos,

independentemente do número de usos e lavagens.

5.2. Tempo máximo de uso em função da concentração/intensidade do agente de risco

O tempo máximo de uso deste EPI depende da exposição ao longo do trabalho e do estado de umedecimento do tecido hidro-repelente das peças com as gotas de pulverização.

Durante o trabalho, o usuário deve sempre observar a ocorrência de exposição nas peças do EPI à pulverização. Assim que perceber que há acúmulo de gotas nos pontos de maior exposição e que poderá ocorrer umedecimento do tecido, deve parar o trabalho, retirar e trocar a peça quase encharcada por outra limpa e descontaminada.

5.3. Possibilidade de alteração das características, da eficácia ou do nível de proteção do EPI

As alterações estruturais e de eficácia na proteção da exposição as névoas de pulverização deste EPI depende diretamente a intensidade das lavagens e dos contatos e ficções que sofrer durante o uso e nas demais etapas que passa ao longo da vida útil.

Procedimento de lavagens mais agressivos que o descrito neste manual geralmente reduz a hidro repelência das peças do EPI. Danos físicos nos tecidos do EPI causa perda de proteção devido à perda da integridade do tecido.

5.4. Incompatibilidade com outros EPIs passíveis de serem usados simultaneamente

Não há incompatibilidade de uso simultâneo deste EPI com outros EPIs que podem ser usados para a proteção da exposição ocupacional aos agrotóxicos.

O EPI protege partes especificas do corpo: tronco, braços e pernas, mesmo que seja necessária a sobreposição parcial de acessórios impermeáveis, como avental e perneiras, não ocorrerá nenhuma incompatibilidade.

5.5. Restrições, limitações do equipamento e do uso do EPI

Este EPI é atende aos requisitos de ensaios da norma ISO 27065:2017, de proteção contra névoas de pulverizador de agrotóxicos por hidro repelência.

As restrições e limitações de uso e condições ou fatores que reduzem significativamente as qualidades de proteção do EPI são as seguintes:

1 – Sob condições de altas exposições dérmicas as gotas de pulverização, respingos de formulações de agrotóxicos, contatos com águas, suor do trabalhador e perfurações.

Nestas condições, as peças molhadas e danificadas devem imediatamente ser substituídas.

2 – Em atividades com formulações de agrotóxicos: mistura: abertura de embalagem de agrotóxicos e preparo de caldas; usar avental impermeável para cobrir e proteger toda a parte frontal do corpo.

3 – Em caminhamento dentro de vegetações orvalhadas ou molhadas; o tecido hidro-repelente molhado perde a capacidade de hidro repelência e de proteção.

4 – Seleção de tamanho do EPI inadequado para o tamanho do usuário; peças maiores ou menores causam desconforto, desatenção e falhas na proteção, no trabalho e acidentes.

5 – Usuário não capacitado para usar o EPI pode fazer ajustes inadequados e resultar em falha na proteção.

5.6. Dificuldade ergonômica significante da utilização do produto.

O EPI não tem nenhuma dificuldade de uso, mas dever ser colocado, bem como as demais peças de proteção, de forma a evitar a redução do campo de visão, da acuidade de escuta ou risco de calor estressante. Estas e outras possíveis dificuldades de uso dos EPIs devem ser inspecionadas e corridas antes do uso dos mesmos.

5.7. Inspeção antes de vestir o EPI

Sempre inspecionar minuciosamente da integridade física e a descontaminação do EPI.
Incluir a atividade de inspeção visual quanto a rasgos, abrasão e sujidade antes de cada uso.

As inspeções da integridade das peças e da hidro repelência pode ser feitas após a lavagem e passadoria do EPI.

As peças danificadas devem ser descartadas.

Usar somente as peças do EPI higienizadas, lavadas, descontaminadas de resíduos de agrotóxicos, sem danos; rasgos, furos, esgarçamento de costuras, etc.

As peças danificadas devem ser descartadas, para evitar falhas na proteção.

Avaliar a hidro repelência do tecido hidro-repelente das peças ao longo da vida útil do EPI.

Fazer testes de verificação da repelência após determinados números de ciclos de usos e lavagens, da seguinte forma:

Borrife gotas de água limpa na superfície do tecido hidro-repelente e no tecido e nas costuras de cada peça do EPI e observe se as gotas são repelidas ou absorvidas.

Resultados esperados:

– 1 – Se as gotas forem repelidas, a hidro repelência está boa e a peça pode ser usada normalmente.
– 2 – Se as gotas forem absorvidas pelo tecido, mesmo que parcialmente, o tecido perdeu a hidro repelência, a peça perdeu a proteção e deve ser adequadamente descartada.

5.8. Como vestir os EPIs

Para vestir os EPIs, o usuário(a) deve estar em local que preserve a intimidade, geralmente em vestiários agregados ao banheiro, ou mesmo no campo.

O usuário(a) deve vestir as peças no corpo na seguir a ordem:

1 – Tirar as vestimentas de uso pessoal, guardar em local apropriado, e ficar apenas com as peças intimas (cueca, ou sutiã e calcinha).

2 – Colocar meias de trabalho nos pés, de preferência de material espesso e modelo cano longo, para ultrapassar em altura o cano da bota; para evitar o contato direto da extremidade do cano da bota na canela do usuário e machucar a pele.

3 – Colocar a calça do EPI e ajustar na cintura com o cordel embainhado no cós.

4 – Colocar a camisa e ajustar na cintura, sobre a calça, com o cordel embainhado na parte de baixo, e fechar a abertura no V do pescoço (geralmente com fitas de velcro).

5 – Colocar o respirador e a viseira; ajustá-los na cabeça com os respectivos tirantes até a fixação adequada. Fazer o teste de vedação do respirador, conforme indicado pelo fabricante.

6 – Colocar o capuz e ajustar na cabeça, as palas sobres ombros sob o queixo; geralmente com fitas de velcro.

7 – Colocar as botas e ajustar as barras da calça sobre o cano das botas.

8 – Colocar as luvas nas mãos e ajustar as mangas da camisa sobre os canos das luvas.

5.9. Instrução de manutenção

A manutenção deste EPI consiste em seguir o procedimento de lavagem e verificações de danos nas peças; rasgamentos, esgarçamento de costuras, e inspeções da hidro repelência por meio do teste de verificação da hidro repelência.

INSTRUÇÕES DE USO

Este EPI é aprovado para ser usado nas diversas etapas de trabalho com os agrotóxicos e em conformidade com as instruções contidas neste manual sobre: verificações, testes de proteção, indicações sobre vestir, retirar e cuidados durante o uso.

Adverte-se de que se as orientações deste manual não forem seguidas, o EPI pode apresentar falhas na proteção da exposição dérmica do usuário.

Antes de trabalhar com os agrotóxicos o trabalhador deve ser capacitado de acordo com as determinações da legislação específica sobre segurança e saúde no trabalho, que são as seguintes.

O empregador rural ou equiparado, deve fornecer instruções suficientes aos que manipulam agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, e aos que desenvolvam qualquer atividade em áreas onde possa haver exposição direta ou indireta a esses produtos, garantindo os requisitos de segurança previstos nesta norma (NR 31; Brasil, 2018b). As instruções sobre a capacitação no uso de EPIs se encontram nos itens 31.8.8 e 31.8.9 da NR 31.

Com os EPIs devidamente inspecionados e descontaminados, vestidos e ajustados, sem falhas de colocação, realizar o trabalho com os agrotóxicos com atenção e planejado de forma que as exposições, principalmente a dérmicas, que é a maior via de exposição neste tipo de trabalho, sejam as menores possíveis.

6.1. Perigos de uso inapropriado

O EPI colocado erroneamente, mau ajustado ou fixado no corpo, falha na proteção; pode até aumentar a exposição e o risco de intoxicação do trabalhador com os agrotóxicos.

Não se contaminar desordenadamente, ou contaminar elementos do ambiente de trabalho, com as peças dos EPIs contaminados com as exposições ocupacionais.

Em atividades em campo aberto, observar atentamente: a direção do vento, para evitar aumento das exposições sobre os EPIs; a existência de buracos no solo ao caminhar, para evitar acidentes; verificar se as peças dos EPIs não fora de posição ou molhadas.

INSTRUÇÕES APÓS O USO

7.1. Como retirar os EPIs

Para retirar os EPIs após o trabalho, o usuário(a) deve estar em local que preserve a intimidade, geralmente em vestiários agregados ao banheiro, ou mesmo no campo.

Em seguida à retidas das vestimentas, o usuário deve tomar um banho completo e vestir peças intimas e roupas de uso pessoal limpas.

A retirada das peças deve se numa sequência ideal para se evitar, ao máximo, o contato das partes do corpo com as partes externas das peças, que geralmente estão contaminadas com os agrotóxicos.

Para tanto, retirada das peças deve seguir, rigorosamente, a seguinte ordem:

1 – Lavar as luvas com água e detergente antes de começar a retirar as peças de EPI.

2 – Desprendendo os pontos de ajuste ou afixação de cada peça, retirar: Avental, Capuz, a Viseira ou Óculos, o Respirador (máscara), Botas, Perneiras, Camisa, em direção ao alto da cabeça; puxando-a com as duas mãos na região da gola para cima e com o corpo curvado para frente, Calça, Meias, as peças da Vestimenta de Trabalho e, finalmente, as Luvas.

Sempre manter esta sequência de retirada das peças, mesmo que não estiver usando todas as citadas acima.

A retirada das peças de EPIs também é necessária para o almoço e deve-se seguir a mesma sequência de retirada das peças.

Para o almoço, retirar as peças de EPIs e a vestimenta de trabalho se estiver contaminada.

Após o almoço, o ideal e colar peças limpas para continuar o trabalho. Porém, se a opção é continuar com as peças em uso, vestir primeiro as luvas e as demais peças, na mesma sequência indicada neste manual.

7.2. Instruções para remover a roupa de proteção imediatamente em caso de derramamento acidental.

7.3. Higienização/Lavagem do EPI

o processo de lavagem das peças do EPI consiste nas etapas de lavagem propriamente dita, secagem e passadoria.

Os materiais impermeáveis, de nível C3 (reforços impermeáveis de EPIs e acessórios – avental e perneiras) não podem ser passados.

A necessidade de retirar as peças de EPIs também pode ser durante o uso, por molhamento de algumas das peças devido à exposição excessiva e molhamento do tecido hidro-repelente, por acidente, etc.

Nestes casos deve-se fazer a retirada das peças de modo a evitar, ao máximo, o contato das mãos e do corpo como um todo das partes contaminadas.

O EPI sempre deve ser devidamente higienizado, ou lavado, após o uso, como medida de proteção, em atividades com agrotóxicos.

O EPI pode ser usado novamente somente se estiver devidamente lavado e limpo.

Ao final do uso do EPI, as peças devem ser retiradas cuidadosamente
para lavagem dever ser retiradas cuidadosamente e colocadas das sacolas, ou recipientes de EPI de usados e sujos, por trabalhadores protegidos com um conjunto deste mesmo EPI e combinado com luvas impermeáveis de borracha nitrílica e botas de borracha impermeáveis.

As peças do EPI devem ser lavadas em máquinas de lavar roupas doméstica ou manualmente, pois o ciclo de lavagem utilizado é similar à lavagem manual.

Procedimento de lavagem é o suave; com a temperatura de 30 ± 3 oC e 2 minutos em cada uma das etapas: lavagem, 1o, 2o e 3o enxágues e torção.

Secagem em varal ao ar livre e à sombra e passadoria com ferro elétrico quente a 110 ± 5oC.

7.4 Uso de sabão e detergente para a lavagem do EPI

As lavagens dever ser realizadas com sabões, de preferência de cocô líquido, neutros (devido à menor agressividade à pele humana), sem tensoativos aniônicos e agentes oxidantes (alvejantes e enzimas), na composição, que causam maior remoção do tratamento hidro-repelente dos tecidos planos.

Os detergentes têm alta capacidade de limpeza, em relação aos sabões; mas causam maior remoção do tratamento hidro-repelente dos tecidos planos.

7.5. Reparos do EPI

Este EPI não pode ser reparo de danos que causem a perda da proteção, ou da continuidade dos matérias das peças, como furos, rasgos, etc.

Podem ser reparadas, ou substituídas, apenas as partes de fixação das peças danificadas, desde que não causem redução na proteção proporcionada pelo EPI.

REFERÊNCIAS

ABNT NBR ISO 13688:2017. Vestimentas de proteção ― Requisitos gerais.
BRASIL, 2018a. NR 6 – Equipamento de proteção individual – EPI. Portaria MTb n.o 877, out. 2018.
BRASIL, 2018b. NR 31. – Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária silvicultura, exploração florestal e aquicultura. Portaria MTb n.o 1.086, dez. 2018.
BRASIL, 2020. Portaria No 11.437 – Estabelece os procedimentos e os requisitos técnicos para avaliação de Equipamentos de Proteção Individual – EPI e emissão, renovação ou alteração de Certificado de Aprovação – CA e dá outras providências (Processo no 19966.100406/2020-63). Portaria-SEPRT-n.-11.437, mai. 2020.
ISO 27065:2017. Protective clothing — Performance requirements for protective clothing worn by operators applying pesticides and for re-entry workers.