Proteção Sistêmica Contra o Risco Elétrico, Da Cabeça aos Pés, Cada EPI Conta
Na Guardian WP, valorizamos a segurança sistêmica, onde a segurança no trabalho vai muito além da vestimenta de proteção.
Cada Equipamento de Proteção Individual (EPI), seja uniforme NR10, calçado de proteção elétrica ou qualquer outro item técnico, desempenha um papel estratégico na prevenção de acidentes.
Por isso, o Podcast Guardian WP inicia agora uma nova fase: ampliar o debate técnico para outras categorias de EPIs, com foco em normas, tecnologia e experiências de campo.
E para marcar esse momento, trazemos um episódio especial com uma das principais referências em calçados de segurança do Brasil: a Marluvas.
Por que falar de calçados de segurança para risco elétrico?
Choques elétricos estão entre os acidentes de trabalho mais graves e imprevisíveis. Eles podem gerar desde queimaduras de quinto grau até danos irreversíveis e fatalidades.
Uma escolha inadequada de calçado compromete a integridade física de eletricistas, técnicos de manutenção e profissionais expostos a riscos elétricos.
Danilo Oliveira e Fernando Brandião, especialistas da Marluvas, compartilharam a experiência de mais de 50 anos da empresa no desenvolvimento de calçados de segurança de alta performance, sempre em conformidade com as normas brasileiras e com forte investimento em engenharia de produto e inovação tecnológica.
Durante o episódio, trouxeram informações valiosas tanto para profissionais de segurança do trabalho quanto para os usuários finais, reforçando a importância da especificação técnica correta e da conformidade dos EPIs com as normas vigentes.
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NBR 16603: Exigências para Calçados de Proteção contra Riscos Elétricos
Durante o episódio, os especialistas destacaram os testes rigorosos exigidos pela NBR 16603, como a exposição dos calçados em câmara de umidade por sete dias, com 85% de umidade relativa, simulando condições extremas de uso.
Esse ensaio verifica se, mesmo após essa exposição, o calçado continua mantendo a resistência elétrica exigida pela norma, garantindo a proteção real do usuário.
Entre os outros requisitos abordados:
- Resistência a 14.000 volts durante 1 minuto.
- Proibição de componentes metálicos.
- Uso de materiais hidrofugados, como couro ou microfibra, para evitar absorção de água.
- Ausência de costuras frontais, prevenindo fuga de corrente elétrica.
Segundo os especialistas, o mercado passou por um período de transição entre 2017 e 2022, no qual muitos calçados ainda circulavam com CAs baseados na norma antiga, mesmo sem atender às novas exigências.
A partir de 2022, a aplicação integral da NBR 16603 passou a ser exigida, criando uma nova realidade para fabricantes e compradores de EPIs, com foco maior na conformidade técnica e na proteção real do usuário.
Tipos de Calçados de Segurança para Risco Elétrico: Escolha Certa Salva Vidas

Durante o episódio, os especialistas da Marluvas esclareceram as diferenças entre os principais tipos de calçados de segurança utilizados por eletricistas e profissionais expostos a riscos elétricos.
De forma didática, eles explicaram que o mercado trabalha com três grandes grupos de calçados para situações envolvendo eletricidade:
- Calçados com isolamento elétrico: Projetados para proteger o trabalhador contra o choque elétrico, evitando a passagem de corrente elétrica em caso de contato acidental com fontes energizadas.
- Calçados condutivos: Utilizados em linhas de vida e atividades de manutenção onde o isolamento poderia representar um risco adicional. Estes calçados permitem a dissipação controlada de cargas elétricas, evitando o acúmulo de energia estática.
- Calçados antiestáticos (SD – Static Dissipative): Recomendados para ambientes como fábricas de eletrônicos ou de explosivos, onde a dissipação de cargas eletrostáticas é fundamental para prevenir descargas.
Além disso, os especialistas reforçaram que a escolha do calçado adequado deve estar sempre alinhada ao Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) da empresa, levando em consideração outros riscos combinados, como queda de objetos, perfuração e abrasão.
Outro alerta importante: ter um CA não significa estar protegido contra o risco elétrico, se o calçado não tiver sido projetado e testado especificamente segundo os requisitos da NBR 16603.
Uniforme NR10 e Portaria nº 672: Impacto na Certificação de EPIs
O episódio também abordou as recentes mudanças nos processos de certificação de uniformes NR10, impulsionadas pela Portaria nº 672 e pela nova portaria de dezembro de 2023.
Agora, os fabricantes precisam garantir rastreabilidade completa dos aviamentos, passar por auditorias presenciais e cumprir com ensaios independentes em laboratórios acreditados, elevando o nível de exigência para a conformidade técnica em EPIs.
A Importância de uma Proteção Sistêmica
Uma das mensagens mais fortes do episódio foi o alerta sobre o risco de decisões isoladas na compra de EPIs.
Engenharia de segurança, setor de compras e fabricantes de EPI precisam trabalhar de forma integrada para garantir que todos os elementos como uniformes NR10, calçados, luvas e demais EPIs, realmente funcionem como um sistema de proteção.
Programa Comprove: Consultoria Técnica Gratuita
A Marluvas também apresentou o programa Comprove, uma consultoria técnica gratuita que auxilia empresas na escolha dos EPIs mais adequados, com foco em custo-benefício, conformidade normativa e desempenho em campo.
Principais tópicos abordados neste episódio:
- Diferenças entre os três principais tipos de calçados para risco elétrico.
- Mudanças trazidas pela NBR 16603.
- Erros comuns na escolha de calçados elétricos.
- Impacto da Portaria 672 na certificação de uniformes NR10.
- Importância da rastreabilidade e conformidade técnica nos processos de fabricação.
- Integração entre áreas de engenharia, compras e fabricantes de EPI.
- Como a informação técnica pode ser uma ferramenta estratégica na prevenção de acidentes.
Nosso agradecimento à Marluvas
A Guardian WP agradece à Marluvas, em especial aos especialistas Danilo Oliveira e Fernando Brandião, por compartilharem conhecimento técnico com tanta responsabilidade e clareza.
Esse episódio reforça o propósito comum das duas empresas: levar informação que salva vidas e fortalecer a cultura de segurança nas empresas brasileiras.
Onde assistir?
Proteção Sistêmica Contra o Risco Elétrico: Da Cabeça aos Pés, Cada EPI Conta | MARLUVAS